O sauim-de-coleira é uma espécie endêmica da Amazônia e é reconhecida como mascote da cidade de Manaus. Está entre os 25 primatas mais ameaçados do mundo, segundo o relatório internacional “Primatas em perigo: os 25 primatas mais ameaçados do mundo 2023–2025”.
A espécie possui uma distribuição geográfica restrita, ocorrendo exclusivamente em três municípios do estado do Amazonas: Manaus, Rio Preto da Eva e Itacoatiara. Essa área de ocorrência é bastante limitada, o que contribui para a sua vulnerabilidade.
Entre os principais fatores que ameaçam sua sobrevivência estão a expansão urbana, o desmatamento, ocupações urbanas e rurais ilegais , a redução e fragmentação do habitat, além da poluição ambiental.
O sauim adulto possui cerca de 32 cm, nascem pesando 40g e na fase adulta podem pesar até 550g. É essencial para a floresta, pois, dispersa sementes, ajuda a controlar insetos, alguns dos quais são vetores de doenças, e mantém a manter o equilíbrio do ecossistema. Sua dieta é diversa: insetos, frutas, néctar, ovos e até pequenos vertebrados. Dorme nas copas das árvores — em palmeiras, cipós e ocos altos.
Em 2011, foi criado o Plano de Ação Nacional (PAN) Sauim-de-Coleira, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Nesse plano, instituições locais, nacionais e internacionais unem forças para proteger a espécie e restaurar seu habitat.
Em 2020, o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade(ICMBio), indicou uma perda de 80% da população da espécie desde 1997.
A estimativa apontou que ainda existem mais de 45 mil indivíduos na natureza, sendo mais de 20 mil adultos. Por isso, o sauim-de-coleira foi classificado como “criticamente em perigo” também pela União Internacional para a Conservação da natureza (IUCN) pela Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção do Ministério do Meio Ambiente.
Proteger o sauim-de-coleira não é apenas um dever ambiental, mas também um compromisso com a biodiversidade, com as futuras gerações e com a identidade cultural da região amazônica.
O sucesso dos esforços conjuntos dependerá da continuidade das políticas públicas, da educação ambiental e do engajamento da sociedade como um todo na luta pela conservação dessa espécie tão emblemática.
0 Comentários