Caso Eliza Nobre: relembre a história e entenda porque o namorado é o principal suspeito do crime

Foto: Arquivo da família de Eliza.

A Polícia Civil continua com as investigações sobre a morte da adolescente Eliza Nobre, de 17 anos, vítima de um disparo de arma de fogo ocorrido na última segunda-feira (7), no bairro Donga Michiles, em Maués. O caso provocou comoção no município e ainda não foi resolvido.

Eliza morreu na tarde desta quinta-feira (10), no hospital João Lúcio, em Manaus, após 4 dias internada na unidade. Segundo a família de Eliza, o corpo da estudante será levado para o município de Autazes, onde será sepultado nesta sexta-feira (11).

Em Manaus, a mãe de Eliza, Egliane Magalhães, lamentou a morte da filha e cobrou celeridade e rigor nas investigações para esclarecer o caso.

Suicídio descartado

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informou que abriu inquérito para apurar o caso. O principal suspeito de efetuar o disparo é o namorado da vítima, Erick Juan da Silva, de 21 anos, que permanece preso. Segundo familiares, Erick e Eliza mantinham um relacionamento há mais de 1 ano. Inicialmente, Erick alegou que Eliza teria tentado suicídio, mas essa versão foi descartada após análise preliminar da cena do crime e das características da lesão.

De acordo com o delegado Vinicius Freires, responsável pela 48ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Maués, Erick afirmou em depoimento que o disparo foi acidental. A arma utilizada não possuía registro, e o suspeito não tinha autorização para portá-la.
 
Foto: Polícia Militar

 
A arma e a munição foram apreendidas no local, e Erick foi preso em flagrante por lesão corporal culposa e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Devido à gravidade do ferimento, Eliza foi transferida por transporte aéreo para Manaus ainda na segunda-feira. Ela permaneceu inconsciente durante os dias em que esteve hospitalizada.

Discussão na noite anterior

Testemunhas relataram que Eliza e Erick estiveram em um bar com amigos horas antes do crime e que houve uma discussão. A polícia apura se o crime foi motivado por ciúmes.

Investigações continuam

A Polícia Civil aguarda os laudos periciais e os depoimentos para reconstruir a dinâmica dos fatos e definir se houve dolo na ação. Erick Juan segue à disposição da Justiça e poderá responder por feminicídio, caso a investigação comprove a intenção criminosa.

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