Como parte da retomada do Programa Mais Médico, do Governo Federal, atualmente renomeado de Mais Saúde para o Brasil, o Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena de Parintins (Dsei Parintins) recebeu na manhã desta segunda-feira, 20 de março, três médicos que atuarão nas comunidades indígenas do município.
O barreirinhense Rafael Lopes Dutra, a indígena Sâmea Rodrigues e o cubano naturalizado brasileiro Roberto Freire Rangel, todos pós-graduados em saúde indígena e saúde da família, se apresentaram no Dsei Parintins na manhã de hoje. Eles receberam as boas vindas da equipe da unidade e as orientações para onde deverão ser enviados.
O médico Rafael Dutra, que já atuou em Parintins, fala da satisfação em poder retornar com o trabalho de assistência à saúde indígena através do programa do governo federal.
“Estamos voltando com o intuito de fazermos um serviço melhor e de qualidade, como sempre foi feito no programa “Mais Médico”, que abrange toda essa questão da saúde indígena. O que mudou nessa nova fase do programa foi o acolhimento dos profissionais médicos que vão atuar com o território indígena, um momento único e inovador do governo, com o Ministério da Saúde, junto com a Sesai, porque passa a realidade dos povos indígenas e de como nós devemos trabalhar com eles”, destaca.
Para o cubano Roberto Rangel, a expectativa é de poder trabalhar da melhor maneira possível no atendimento às comunidades indígenas Sateré Mawé e Hixkaryana.
“Minha expectativa é continuar somando e sendo um profissional que busca dar o melhor atendimento à comunidade indígena, esses povos que estão precisando de atenção especial. Estou me adaptando a esse novo desafio com muito esforço e dando o meu melhor”, ressalta o cubano.
Para o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (CONDISI), David Trindade, a retomada do programa Mais Saúde para o Brasil voltada especialmente para a saúde é importante já que trabalhar na Amazônia é um desafio.
“Para nós é uma grande alegria, porque sabemos que trabalhar na Amazônia, principalmente em Terras Indígenas, é um desafio. Muitos médicos não querem atuar na área indígena, em lugares distantes; então muitos profissionais que atuam nessas áreas indígenas, levam atenção na questão da saúde. No passado o atendimento era muito difícil, não tínhamos médicos, só tínhamos técnicos de enfermagem em, hoje, a equipe que atua nessas áreas tem médico, enfermeiro, tem técnicos; é um avanço muito grande que a saúde indígena obteve com esse programa e queremos que ele continue”, relata o presidente do CONDISI.
De acordo com o coordenador interino do Dsei Parintins, Evaldo Leite, mesmo com a chegada desses médicos, o distrito ainda precisa de mais profissionais para poder suprir a necessidade das 12 unidades básicas de saúde indígena.
“Como nós temos 12 unidades de saúde e não estamos com elas totalmente completa, então a vinda desses três e, se por ventura, vier mais um será bem-vindo; nós conseguiremos completar a nossa quantidade de médicos nos postos, que nos momento ainda tá faltando. Estamos com a necessidade de mais três médicos para completar o quadro de 12 médicos”, destaca o coordenador interino do Dsei Parintins.
FOTOS: João Carlos Moraes
0 Comentários